12 fevereiro, 2010

NA IMPRENSA

O Jornal Diário da Região publicou hoje uma entrevista com o novo técnico do Grêmio Osasco, Fransérgio Bastos, que reproduzimos abaixo:


Novo técnico quer transformar time em uma grande família

Para Fran, que assumiu GEO na semana passada, essa é a única forma da equipe sair da lanterna

Técnico acaba de assumir o time do Grêmio Osasco que vem de seguidas derrotas e muitos empates. Situação é crítica no Campeonato Paulista pela Série A2. Equipe foi formada há pouco tempo

Fabio Mambro (fabiomambro@webdiario.com.br)


Como você encara o desafio de assumir uma time na situação do GEO, em último lugar na classificação, sem conseguir vencer nenhuma partida em casa, pressão da torcida, você está preparado?

Com certeza, minha carreira toda foi voltada a desafios e agora nessa nova empreitada não poderia ser diferente. Quando o Montini (vice-presidente do GEO) me ligou fazendo o convite, não pensei duas vezes porque eu tenho um carinho muito grande pelo clube, onde estive o ano passado com muito sucesso e não podia deixar ele na mão. Vamos fazer esse trabalho, fazer o melhor para conseguir reverter esta situação.

E o que fazer para reverter esta situação? Hoje no treino você treinou muitas jogadas com toques rápidos, muita movimentação e jogadas pelas laterais, esse é o caminho, é a cara que você quer dar ao time?

É, com certeza. O futebol hoje está muito dinâmico, então os jogadores tem que se agrupar, um ajudar o outro, estar sempre perto da jogada, sempre perto do adversário porque em qualquer momento você pode roubar uma bola e num ataque definir o jogo, enfim, é um trabalho que eu gosto muito de fazer e os jogadores assimilaram legal.

Dos setores do time qual você acha que vai ter mais dificuldade para acertar? Pretende fazer algum trabalho específico?

O grupo está nivelado. O pessoal vê a classificação do clube, em último lugar, e acha que a defesa esta falhando. Eu não vejo isso. A defesa está legal. O que falta mesmo é você posicionar, pois eu não concordo que a defesa é só lá atrás. Tem que começar a marcar desde o ataque, marcar a saída de bola, isso é muito importante. O atacante ajuda na marcação e o pessoal de trás tem um pouco de tranqüilidade, respira um pouco mais, enfim, é como eu te falei, tem que se fechar, como estamos fechando, não só fora de campo mas também nos jogos, dentro das partidas. Está todo mundo unido para agente conseguir sair dessa situação.

Sua condição de ex-jogador ajuda a ter uma aproximação maior com os jogadores, torna o caminho mais fácil para eles entenderem o que você quer passar?

Com certeza é muito importante. Aquele papo de boleiro, cara que sabe levar com o jogador. Mas é claro que em alguns momentos você tem que ser rígido com o jogador, duro, enfim, mas acho que os meninos aceitaram muito bem minha ideia. Eu estou começando agora e estou passando isso e eles e estão entendendo e assimilando bem, estão sendo muito companheiros e o time já mostrou isso no jogo de domingo passado em Taquaritinga. O grupo entrou em campo determinado, foi muito bom.

O aspecto psicológico, com o time em ultimo lugar, sem vencer, as cobranças , isso já foi trabalhado, você já conversou sobre isso para reverter a situação?

Sim, sem dúvida. No primeiro dia que cheguei já peguei alguns jogadores de canto, que eu gosto muito de trabalhar assim, chamar o jogador em separado, individualmente, converso muito com ele, procuro passar confiança a ele, explicar a situação. Às vezes o jogador está naquela situação chata, muitas vezes você não sabe o que acontece com ele fora de campo, em casa e isso vai influir no rendimento dele. Tem que conversar muito com o jogador até para tentar ajudar. O jogador que é solteiro tem problema em casa com o pai e não se abre com a família e vem e acaba se abrindo comigo. Tem até cara que tem problema com a esposa, com o filho, então a convivência diária acaba ajudando. Eu fiz uma palestra legal no jogo de domingo onde eu falei sobre a família. Eu acho que a gente aqui hoje é uma família. A gente brinca com a família Felipão, família Mano Menezes, porque passamos a viver mais tempo com o grupo aqui do que com a nossa própria família e é um ambiente familiar e eu passei isso a eles, tem que botar na cabeça de fazer desse grupo uma família. No ano passado quando aqui cheguei a situação era a mesma, passávamos por uma situação crítica e difícil.

Ninguém acreditava na classificação

Então, por que isso aconteceu? Porque conseguimos fechar o grupo de tal forma que foi bonito, gostoso. Eu não estava jogando mas era prazeroso estar ali no grupo, ir para o banco, estar gritando com meus companheiros é muito bom. Então eu quero passar isso para eles, quero que eles entendam que se a gente formar uma família eu tenho certeza que nós vamos ter uma arrancada espetacular.

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